sábado, 29 de setembro de 2012

Até onde vai a paixão pela profissão?

Tim Lopes, um jornalista especialista em grandes coberturas, sobretudo, em coberturas policiais, em favelas, morto em 2002 foi uma grande prova de amor ao jornalismo. Há dez anos perdemos estes grande profissional, mas suas lições continuarão presentes em cada um de nós. O jornalista foi citado no documentário: O Risco da Notícia, feito por alunos de Jornalismo da Puc-Rio. Todo jornalista tem que apurar muito, ouvir dois lados, e se possível, ir até o local onde se apresenta a denúncia. Foi exatamente o que fez Tim Lopes, quando em 2002 foi checar uma denúncia de um baile funk, com presença de traficantes armados, no Complexo Alemão. desde aquela data, todos os jornalista, sobretudo os da Rede Globo, desejavam justiça, e afirmaram que nunca iriam calar a voz dos profissionais da notícia. O maior desejo de todos era a prisão deste assassino. O que aconteceu em 2010, numa operação policial no mesmo conjunto de favelas que Tim foi morto. Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, deu muito prazer a quem assistiu e a quem noticiou  sua prisão.

Teoria da multiplicidade da Notícia

Por que quando uma notícia nada comum acontece se repete depois com frequência? Esta pergunta foi respondida pelo professor Leonel Aguiar na semana passada. A pergunta surgiu a partir de uma indagação minha, que levantava a discussão sobre os casos de vergalhão. Há dois meses um operário foi atingido na cabeça, praticamente uma semana depois um jovem e uma criança foram atingidos também. Eu concordo com o professor quando ele afirma que pelo primeiro caso ser divulgado pela mídia, a gente passa a prestar mais a atenção na nossa sociedade, na realidade social. Quando alguém vê aquilo acontecendo com um filho, amigo, ou qualquer outro parente, a pessoa procura a mídia para que seu caso também seja noticiado. No entanto, segundo os critérios de noticiabilidade a verdade é que cada caso só merece se tornar uma reportagem, a partir do momento que surpreendentemente a pessoa sobrevive. Tudo que é raro, anormal, causa espanto ou surpresa na gente merece destaque em qualquer veículo. Outros casos foram lembrados na aula, como o caso dos bueiros que começaram a explodir como um efeito dominó, das marquises que começaram a cair praticamente a cada dia, e também o das crianças que eram feridas por agulhas. Para todos estes casos, a explicação está nas primeiras linhas deste texto.

sábado, 22 de setembro de 2012

A Objetividade no Jornalismo

Uma das grandes discussões na última semana na aula de Jornalismo Investigativo foi referente a objetividade do jornalismo. Uns defendem que ela existe e é real. Outros acreditam que não existe. O certo é em todo lide o jornalista colocar as principais informações. Todo texto tem que ter as principais informações, e elas tem que ser objetivas. Devemos sempre seguir o princípio das seis perguntas que constituem o lead, como é chamado o primeiro parágrafo de uma matéria jornalística. Uma coisa que não pode é encher linguiça, o que muitas vezes acontece. Não ter o que dizer é um tiro no pé de qualquer profissional da área. Melhor pedir para o editor para diminuir sua matéria, e aumentar outra que tem mais o que informar o leitor. Diariamente lidamos com isso, conforme vamos praticando vamos aprendendo a ser mais objetivo, uns demoram, outros aprende mais rápido, depende do seu tempo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que é notícia?

Na última aula de Jornalismo Investigativo discutimos o que é notícia. Conversamos com Leonel Aguiar sobre os conceitos que fazem surgir uma matéria jornalística. Todos os conceitos partem dos critérios de noticiabilidade que estamos discutindo ao longo do curso. Para uma notícia ser chamada assim, é preciso que algo não muito comum esteja acontecendo. Um bom exemplo é o caso do primeiro operário atingido por um vergalhão, há um mês mais ou menos. Quando a notícia chega, e sabemos que ele não teve sequelas, e que chegou falando e consciente ao hospital, isso choca, impressiona, por isso vira notícia. Notícia é tudo que de anormal acontece. Um pingúim vir parar numa praia em Ipanema também foge da normalidade, temos que dar isso nor Jornal. Seguindo um exemplo do nosso professor desta eletiva, se um cachorro morde uma pessoa, frequentemente isso acontece, mas se o inverso ocorre, ai temos uma tremenda notícia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Investigando os jovens brasileiros

Nesta última semana de aula de Jornalismo Investigativo tivemos a palestra do jornalista do O Estado de São Paulo, Vinicius Neder, que apresentou o trabalho acerca de matérias factuais e especiais na cobertura sobre crianças e adolescentes. este trabalho fez a gente que já está no mercado de trabalho, e trabalha na editoria de cidade como que nós lidamos com questões relacionadas aos jovens e adolescentes. Nenhum policial pode divulgar para a imprensa os nomes dos menores dependendo do caso, algumas nomenclaturas relacionadas ao local para o qual eles são levados também mudou nos últimos anos. E quando algum jovem cometeu um crime não podemos falar que ele foi preso, temos que falar que ele é apreendido ou detido. Com isso, levamos a crer que a ideia, e a missão da sociedade é preservar a identidade de quem em tese teve seu futuro comprometido por não ter acesso à educação, moradia, ensinos que nós jovens da classe média tivemos. Concluo pelas duas aulas desta semana, do texto lido e do que presencio na rotina da redação da Band, onde estagio, que a maior dificuldade de um jornalista é escrever, falar ou reportar sobre um jovem brasileiro que foge das normas gerais da sociedade.

sábado, 8 de setembro de 2012

Currículo de Jornalismo e Comunicação

Uma discussão que tivemos nas aulas de Jornalismo Investigativo é acerca dos currículos, que colocam mais disciplinas teóricas do que práticas. Não tem uma sequer para ensinar português. De acordo com um texto lindo na aula de Leonel Aguiar, um congresso entre  jornalistas de toda a América, uma discussão fomentou a criação do curso de Comunicação Social, abrangindo outras habilitações, inclusive as de jornalismo. Para atender todas estas necessidades, as matérias tiveram que se adequar a esta realidade, e portanto, diminuiu-se o número de cargas horárias dedicadas apenas ao Jornalismo. Por isso que disciplinas como: português, história geral do mundo e do país, ética, teorias, e história do jornalismo, foram deixadas para trás. É por esta deficiência que muitos formandos chegam numa redação de rádio, jornal ou tv sem saber escrever corretamente. A técnica de escrita se aprende na faculdade, mas não a grafia correta de algumas palavras. Na PUC-RIo, por exemplo, o português não é ensinado com foco em grafia, acentuação. A conclusão é que os atuais currículos de Jornalismo no Rio, e no Brasil, acabam formando profissionais deficitários.

sábado, 1 de setembro de 2012

Futebol investigativo

Uma das grandes matérias investigativas da atualidade tinha como foco o desaparecimento de Elisa Samúdio, a noiva do ex-goleiro do Flamengo, Bruno. No dia 11 de Julho de 2010, Sônia Bridi, uma repórter consagrada, e experiente, fez uma reportagem para a reconstituição do crime que chocou o Brasil. Este tipo de matéria ilustra bem como é difícil em alguns casos conseguir provas, documentos para apontar culpados ou inocentes de um crime. A palavra do acusado neste caso não vale nada. Não havia corpo da mulher, como então provar ou tentar comprovar que houve assassinato? Neste caso quem deveríamos ouvir além da polícia, Bruno, por exemplo. Todas as pessoas que viram Elisa pela última vez, amigos do Bruno, da própria mulher que supostamente sofreu um homicídio. O Fantástico mostrou como tudo teria acontecido, foi ao local onde eles estavam antes do crime e finalizaram no sítio, onde ele teoricamente foi morta. Você pode analisar e ver a matéria abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=H6Lnyc25GDg