sábado, 6 de outubro de 2012

Jornalistas precisam de segurança

Na última aula de Jornalismo Investigativo foi levantada uma questão muito pertinente. Por que jornalistas de uma editoria tem proteção, e de cidade, que sempre entra em favela, e está no meio de tiroteios não? Em jogos de futebol é comum a polícia criar um forte esquema de segurança, mas porque não aplicar isso também ao jornalismo factual de cidade? Para mim a explicação é simples, como estádios, e seus arredores não são grandes áreas é mais fácil patrulhar do que uma favela. Favelas como a Rocinha, Complexo da Maré e do Alemão são de difíceis acessos, com grande quantidade de becos e vielas, que é contra a própria segurança policial. Nesta discussão foi citado o caso Gelson Domingues, repórter cinematográfico da Tv Bandeirantes que foi morto no fim de 2011 numa operação policial em Antares, Santa Cruz, zona oeste do Rio. Houve recomendação, a que sempre é dada aos jornalistas, para que eles se portejam ficando atrás dos policiais. Foi o que o profissional  da Band fez, mas a bala bateu numa árvore e atingiu o cinegrafista. Na época se levantou que os profissionais da Band também mereciam um colete de segurança melhor, igual ao que a Globo fornece aos seus profissionais. Mesmo que gostemos da adrenalina de estar no meio de um tiroteio, os chefes de reportagem, diretores de jornalismo de todos os meios de comunicação deveriam se reunir, e, para proteger seus jornalistas, impedir que eles cubram favelas, ou que cubram, mas do lado de fora. A segurança vem sempre em primeiro lugar. Segue aí a matéria sobre a morte de Gelson Domingues.

http://www.youtube.com/watch?v=o1XHBcSS-8Q

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