Recentemente o professor de Jornalismo Investigativo, Leonel Aguiar, exibiu em sala de aula um documentário a respeito do trabalho de jornalistas em favelas cujos confrontos entre policiais e bandidos são comuns, sobre crimes cometidos em áreas normais da cidade. Abaixando a máquina mostrou como muitos fotojornalistas de quaisquer jornais conseguem respeitar o espaço das famílias das vítimas de balas perdidas e de crimes planejados e executados friamente. Como o manual de um bom jornalista revela, é necessário dar a notícia aos seus leitores, telespectadores e/ou ouvintes. Mas nunca podemos desrespeitar a dor de quem perde um filho, uma mãe, um irmão. Isso vale também para o fotógrafo que vai a um velório, e ao presenciar um pai ou mãe chorando, decide por não tirar a foto, abaixando a máquina consequentemente. Apesar deste lado humano do jornalista, há também o desejo pela notícia, e mesmo presenciando a dor das famílias de alguém morto por um tiro, tira uma foto, ou tenta entrevista alguém. Ainda deve se encontrar um equilíbrio entre exercer a profissão e respeitar um momento sofrido como este, que poucos conseguem demonstrar.
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