quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A nova era do Jornalismo Investigativo

Para muitos jornalistas investigativos, esta categoria do jornalismo está adquirindo novos rumos. Um deles é sem dúvida uma maior dificuldade na apuração, e no convencimento dos diretores de jornalismo das principais mídias impressas mundiais a veicular reportagens com teor investigativo. Há anos era mais fácil conseguir ter acesso às fontes, e a facilidade para se apurar era zero. Ir as favelas, e ter contato, conversa com moradores ou traficantes, como no caso de Silvio Barsetti e Marcelo Moreira, quando foram fazer matéria no Dona Marta, e mudaram o foco da matéria, que se tornou uma entrevista pingue-pongue com Marcinho VP. Hoje em dia alguns profissionais defendem que há vantagens e desvantagens no grande avanço tecnológico para a prática jornalística. A principal vantagem é a pesquisa vantagem estar mais acessível do que qualquer documento no passado. Com a internet é maior a facilidade para ter acesso à informação, mas ao mesmo tempo há obstáculos, pois nem sempre podemos confiar em tudo o que lemos nas páginas web. Mesmo com as UPPs há restrição de moradores a receber jornalistas nas comunidades. Se o jornalista argumentar bem com o diretor do jornal, da revista, é capaz dele conseguir fazer e ter sua matéria publicadas. No entanto, a investigação mais comum hoje em dia, e provavelmente nos próximos anos será publicada na TV, vide que o alcance de leitura é maior. Outro desafio aparece, o espaço para este tipo de matéria fica cada vez mais reduzido, pois muitos jornais estão fechando as portas, e cada região está permanecendo com apenas um veículo impresso por cidade, como já acontece nos Estados Unidos. O comprador ou assinante, procura uma leitura mais fácil e leve devido a correria do dia-a-dia. Por isso reafirmo a tendência do jornalismo investigativo seguir por outros caminhos, mas seus defensores têm de batalhar para não acabar como vários jornais, e desaparecer dos nossos olhos.  

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os desafios da cobertura jornalística na Síria

Klester Cavalcanti, jornalista de revista Isto É, lançou recentemente um livro sobre sua experiência cobrindo a guerra civil na Síria. Sem dúvidas ele foi corajoso, e segundo o que relatou no programa Redação Sportv desta terça-feira, 20 de novembro de 2012, estava preparado para a morte. Para conseguir mostrar o que acontecia no país asiático, Klester foi para Homs, e entrou na região por terra, pela fronteira com o Líbano. No livro o jornalista também mostra que se entrasse pela capital Damasco poderia ter seu trabalho censurado, prática comum dos sírios em relação aos profissionais da imprensa. A editora do livro gravou um vídeo de Klester mostrando a viagem de ônibus até Homs. Após alguns dias relatando o que acontecia na guerra, ele acabou sendo preso e torturado. Ficou praticamente uma semana na cadeia, num país estrangeiro, cujo idioma ele não conhecia, e no meio de uma região vivendo um conflito consolidado. Se isso não bastasse ele ainda foi torturado dentro da cela prisional. Quem quiser saber mais sobre a história deste jornalista que viveu horrores da guerra síria, deve comprar o livro: Dias de Inferno na Síria - relatos de um jornalista brasileiro que foi preso e torturado em plena guerra. 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jornalista tem que respeitar o espaço dos outros

Recentemente o professor de Jornalismo Investigativo, Leonel Aguiar, exibiu em sala de aula um documentário a respeito do trabalho de jornalistas em favelas cujos confrontos entre policiais e bandidos são comuns, sobre crimes cometidos em áreas normais da cidade. Abaixando a máquina mostrou como muitos fotojornalistas de quaisquer jornais conseguem respeitar o espaço das famílias das vítimas de balas perdidas e de crimes planejados e executados friamente. Como o manual de um bom jornalista revela, é necessário dar a notícia aos seus leitores, telespectadores e/ou ouvintes. Mas nunca podemos desrespeitar a dor de quem perde um filho, uma mãe, um irmão. Isso vale também para o fotógrafo que vai a um velório, e ao presenciar um pai ou mãe chorando, decide por não tirar a foto, abaixando a máquina consequentemente. Apesar deste lado humano do jornalista, há também o desejo pela notícia, e mesmo presenciando a dor das famílias de alguém morto por um tiro, tira uma foto, ou tenta entrevista alguém. Ainda deve se encontrar um equilíbrio entre exercer a profissão e respeitar um momento sofrido como este, que poucos conseguem demonstrar. 

Investigando Elisa Samúdio

Começou hoje em Contagem, Minas Gerais, o segundo julgamento mais aguardado do ano. O primeiro foi o do Mensalão. Bruno, ex-goleiro de Atlético Mineiro e Flamengo, seu amigo Macarrão, sua ex-namorada, um policial amigo e a amante do atleta, começaram a ser julgados no fórum da cidade mineira pelo assassinato de Elisa Samúdio, ex-noiva do jogador. O caso choca porque o principal envolvido é um atleta, ídolo de vários jovens, que exemplo será que as crianças que o idolatrava estão agora? O primeiro passo, é que seus pais as ensine a não seguir os passos do jogador, e que nada se resolve com um assassinato. Entre os crimes pelos quais Bruno é acusado, estão os de cárcere privado, ocultação de cadáver e homicídio triplamente qualificado. A defesa dele alega: "como não há corpo, não existe qualquer crime. Segundo uma matéria de agora há pouco no Jornal Nacional, outros réus em outros julgamentos foram condenados pelos jurados, juízes e promotor, pois mesmo sem o corpo, havia provas suficientes para comprovar a existência de um assassinato. O Brasil e a família de Elisa desejam justiça, e, se possível que a polícia encontre o corpo dela. Depois de meses, semanas com as atenções do país voltadas para Brasília, os olhos dos brasileiros estão voltados para Contagem, pelo menos por alguns dias. 


terça-feira, 13 de novembro de 2012

A onda de violência em São Paulo

Acabei de assistir uma aula de jornalismo investigativo. Caco Barcellos e sua equipe mostraram no Profissão Repórter o que estaria por trás da onde de assassinatos na maior cidade brasileira. Além disso, investigou quais foram as vítimas, mostrando as profissões. Ao longo do programa, da reportagem, Paula Akemi, Fernando David e os outros repórteres tiveram cuidado em não invadir o espaço da família dos mortos, respeitando os que não queriam comentar os crimes. E os policiais também quiseram preservar o anonimato para, como os poucos que disseram algo a respeito, não sofrer represálias. Tudo começou a partir do início do embate entre bandidos e polícia no primeiro semestre de 2012. Quando seis criminosos foram mortos e torturados por policiais da Rota,  grupo especializado da Polícia Civil, começaram a surgir ordem dos presos para a execução de vários policias militares e civis. A estrutura do programa também foi bem montada, começando primeiro pela amostragem de algumas vítimas, e os dias em que eles foram alvo dos bandidos, muitas vezes agindo encapuzados. E citaram o número de mortos em cada um dos dias citados. No último bloco mostraram os mandantes dos crimes. A matéria foi bem editada, produzida, com emoção passada por todos os envolvidos que apareceram na nossa televisão. As investigações estão em curso ainda, mas neste caso, só as policiais mesmo, pois a jornalística foi precisa, e cirúrgica. Parabéns aos repórteres!

http://g1.globo.com/profissao-reporter/videos/t/programas/v/equipe-mostra-as-vitimas-da-guerra-entre-a-policia-e-o-crime-organizado-parte2/2240243/

domingo, 4 de novembro de 2012

Um homem maior que a profissão


Na última terça-feira, dia 30 de outubro, o jornalista e documentarista, Bruno Quintella, filho do falecido jornalista da Tv Globo, Tim Lopes, foi à Puc-Rio para divulgar o documentário que narra a trajetória de vida profissional de seu pai. O nome Histórias de arcanjo - um documentário sobre Tim Lopes não abordará nada sobre a morte do jornalista. É inegável o legado que Tim deixou os jornalistas que depois dele quiseram denunciar os problemas nas favelas, e realizaram matérias sobre as operações policiais. E como discutido, e colocado por um aluno da aula de Jornalismo Investigativo, e por Bruno, ele foi um dos percusores da UPP nas favelas cariocas. Após dez anos do triste acontecimento o filho ainda demonstrou ficar emocionado quando falava sobre o falecimento do pai e comunicador da imprensa brasileira. Muita gente, assim como Bruno, define o fato como antes e depois de Tim Lopes. O cuidado, e os riscos foram vistos com olhos mais abertos pelos chefes de reportagem apesar da morte do cinegrafista da Band em 2011. Gelson Domingues adorava a adrenalina da cobertura policial, de ir ao front, como muitos profissionais falam, e em Antares, ele morreu após a bala bater numa árvore e atingí-lo. A segurança dos repórteres cinematográficos começou a ser prioridade das redações após a fatalidade. Foram alguns casos isolados, mas ele abriu portas para novos jornalistas continuarem seus trabalhos, no entanto, não há mais nenhum Gelson, Tim entre os profissionais atuais. Esperamos que, com o devido cuidado e precaução surjam novos Tins, Gelsons, para que a realidade das cidades brasileiras, das favelas mude por completo. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dica Investigativa

Um assunto muito debatido ultimamente pelos jornalistas esportivos é sobre a violência no futebol. Muitos torcedores brigam com torcida de times rivais sem motivos, e alguns acabam morrendo. Só este ano um vascaíno e um palmeirense morreram após torcedores flamenguistas e corinthianos brigarem, respectivamente, com vascaínos e palmeirenses. Muitos alegam que é cultura do povo brasileiro, mas que cultura é essa que vitimiza vários inocentes que nada tem haver com estes conflitos? No Rio de Janeiro com o intuito de coibir a violência no futebol foi criado um núcleo especializado em operações contra crimes envolvendo torcidas organizadas. Nos últimos dois meses algumas torcidas organizadas foram proibidas de frequentar estádios por muito tempo, e vários torcedores foram presos. Para estudar, e explicar para os leigos sobre a violência no futebol, o antropólogo Marcelo Murad escreveu um livro da coleção Para Entender, e o livro recebeu o título de: "Para entender a Violência no Futebol".  Seja uma cultura brasileira, ou não, a verdade é que este é um problema sério que deve ser combatido. Estamos próximos do fim do Brasileirão, e na última rodada vários clássicos podem propiciar novos lamentáveis episódios, por isso a polícia já tem que se preparar para um forte esquema de segurança nesta e na penúltima rodada, que tem um clássico paulista e carioca também. Precisamos evitar que mais pessoas sejam vítimas de bandidos, que ao invés de louvar a imagem do seu time, mas mancha o escudo da equipe pela qual eles torcem. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Denunciando o caos na saúde

Em menos de uma semana duas notícias chamaram a atenção, ambas envolvendo duas idosas. Já sabemos que nosso sistema de saúde não é dos melhores, mas nunca imaginamos que este tipo de fato aconteça, e chame nossa atenção. Na primeira situação, uma idosa, em Barra Mansa, recebeu sofa ingetada na veia. Na segunda, outra recebeu café com leite em São João de Meriti. Em ambos os casos profissionais inexperientes, estagiários, não podiam estar exercendo a função que é de um enfermeiro formado já. Pelo menos algum enfermeiro deveria estar junto para auxiliar. As famílias ficaram chocadas e indignadas, não é para menos. Nos dois casos a paciente estava bem, e podia ter alta em qualquer dia. Não podemos deixar que isso fique impune. Os hospitais, e quem deixa profissionais sem qualquer experiência, ou sem saber como se faz determinado procedimento, devem ser interrogados, e prestar ajuda a família. Na minha condição de leigo no assunto, acho que os hospitais envolvidos nos acidentes deveriam indenizar os familiares das vítimas, e recebeu uma punição financeira. Esses casos só aumentam a urgência que o nosso sistema de saúde aclama para melhora. A população tem papel fundamental neste processo para evitar que casos como estes se repitam. Esperamos que, como jornalistas, não sejamos "forçados" a noticiar problemas na saúde. 

http://g1.globo.com/videos/rio-de-janeiro/rjtv-1edicao/t/edicoes/v/enterrada-idosa-que-morreu-apos-ter-cafe-com-leite-injetado-na-veia/2191696/

Em busca da ordem brasileira

Ontem, dia 15 de outubro de 2012, o canal esportivo a cabo, Sportv, foi responsável por uma excelente matéria investigativa, com utilização inclusive de câmeras escondidas. O foco principal da reportagem era a questão da pirataria, uma das grandes preocupações não somente da nossa cidade, como de todo o país. Isso se analisarmos particularmente a preparação para a Copa do Mundo. A indústria esportiva é a que mais se beneficiará com o recebimento do mundial de futebol, e das Olimpíadas em 2016 pelo Brasil, e pelo Rio de Janeiro. Por isso diversas autoridades estão fazendo operações antes dos jogos do Campeonato Brasileiro para eliminar este problema da nossa sociedade. Sabemos que no Brasil este é problema é igual, ou até pior que em outras cidades, não só do Brasil, como no mundo, mas inevitavelmente devemos nos preocupar com nosso próprio umbigo. O governo federal deveria se unir com os governos locais e adotar uma medida uniforme no combate aos produtos piratas. Como se vê na reportagem só alguns estados, dentre os 27 do nosso país tem um setor específico para esta área da ordem urbana. E além de inibir os falsificadores temos que educar a população a não financiar e não comprar produtos que não sejam oficiais. Até 2014 precisamos pôr ordem no Brasil, e em nossas imensas cidades. Segue a reportagem:

http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2012/10/pirataria-no-brasil-preocupa-fifa-e-coi-antes-da-copa-2014-e-olimpiadas-2016.html

sábado, 6 de outubro de 2012

Jornalistas precisam de segurança

Na última aula de Jornalismo Investigativo foi levantada uma questão muito pertinente. Por que jornalistas de uma editoria tem proteção, e de cidade, que sempre entra em favela, e está no meio de tiroteios não? Em jogos de futebol é comum a polícia criar um forte esquema de segurança, mas porque não aplicar isso também ao jornalismo factual de cidade? Para mim a explicação é simples, como estádios, e seus arredores não são grandes áreas é mais fácil patrulhar do que uma favela. Favelas como a Rocinha, Complexo da Maré e do Alemão são de difíceis acessos, com grande quantidade de becos e vielas, que é contra a própria segurança policial. Nesta discussão foi citado o caso Gelson Domingues, repórter cinematográfico da Tv Bandeirantes que foi morto no fim de 2011 numa operação policial em Antares, Santa Cruz, zona oeste do Rio. Houve recomendação, a que sempre é dada aos jornalistas, para que eles se portejam ficando atrás dos policiais. Foi o que o profissional  da Band fez, mas a bala bateu numa árvore e atingiu o cinegrafista. Na época se levantou que os profissionais da Band também mereciam um colete de segurança melhor, igual ao que a Globo fornece aos seus profissionais. Mesmo que gostemos da adrenalina de estar no meio de um tiroteio, os chefes de reportagem, diretores de jornalismo de todos os meios de comunicação deveriam se reunir, e, para proteger seus jornalistas, impedir que eles cubram favelas, ou que cubram, mas do lado de fora. A segurança vem sempre em primeiro lugar. Segue aí a matéria sobre a morte de Gelson Domingues.

http://www.youtube.com/watch?v=o1XHBcSS-8Q

sábado, 29 de setembro de 2012

Até onde vai a paixão pela profissão?

Tim Lopes, um jornalista especialista em grandes coberturas, sobretudo, em coberturas policiais, em favelas, morto em 2002 foi uma grande prova de amor ao jornalismo. Há dez anos perdemos estes grande profissional, mas suas lições continuarão presentes em cada um de nós. O jornalista foi citado no documentário: O Risco da Notícia, feito por alunos de Jornalismo da Puc-Rio. Todo jornalista tem que apurar muito, ouvir dois lados, e se possível, ir até o local onde se apresenta a denúncia. Foi exatamente o que fez Tim Lopes, quando em 2002 foi checar uma denúncia de um baile funk, com presença de traficantes armados, no Complexo Alemão. desde aquela data, todos os jornalista, sobretudo os da Rede Globo, desejavam justiça, e afirmaram que nunca iriam calar a voz dos profissionais da notícia. O maior desejo de todos era a prisão deste assassino. O que aconteceu em 2010, numa operação policial no mesmo conjunto de favelas que Tim foi morto. Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, deu muito prazer a quem assistiu e a quem noticiou  sua prisão.

Teoria da multiplicidade da Notícia

Por que quando uma notícia nada comum acontece se repete depois com frequência? Esta pergunta foi respondida pelo professor Leonel Aguiar na semana passada. A pergunta surgiu a partir de uma indagação minha, que levantava a discussão sobre os casos de vergalhão. Há dois meses um operário foi atingido na cabeça, praticamente uma semana depois um jovem e uma criança foram atingidos também. Eu concordo com o professor quando ele afirma que pelo primeiro caso ser divulgado pela mídia, a gente passa a prestar mais a atenção na nossa sociedade, na realidade social. Quando alguém vê aquilo acontecendo com um filho, amigo, ou qualquer outro parente, a pessoa procura a mídia para que seu caso também seja noticiado. No entanto, segundo os critérios de noticiabilidade a verdade é que cada caso só merece se tornar uma reportagem, a partir do momento que surpreendentemente a pessoa sobrevive. Tudo que é raro, anormal, causa espanto ou surpresa na gente merece destaque em qualquer veículo. Outros casos foram lembrados na aula, como o caso dos bueiros que começaram a explodir como um efeito dominó, das marquises que começaram a cair praticamente a cada dia, e também o das crianças que eram feridas por agulhas. Para todos estes casos, a explicação está nas primeiras linhas deste texto.

sábado, 22 de setembro de 2012

A Objetividade no Jornalismo

Uma das grandes discussões na última semana na aula de Jornalismo Investigativo foi referente a objetividade do jornalismo. Uns defendem que ela existe e é real. Outros acreditam que não existe. O certo é em todo lide o jornalista colocar as principais informações. Todo texto tem que ter as principais informações, e elas tem que ser objetivas. Devemos sempre seguir o princípio das seis perguntas que constituem o lead, como é chamado o primeiro parágrafo de uma matéria jornalística. Uma coisa que não pode é encher linguiça, o que muitas vezes acontece. Não ter o que dizer é um tiro no pé de qualquer profissional da área. Melhor pedir para o editor para diminuir sua matéria, e aumentar outra que tem mais o que informar o leitor. Diariamente lidamos com isso, conforme vamos praticando vamos aprendendo a ser mais objetivo, uns demoram, outros aprende mais rápido, depende do seu tempo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que é notícia?

Na última aula de Jornalismo Investigativo discutimos o que é notícia. Conversamos com Leonel Aguiar sobre os conceitos que fazem surgir uma matéria jornalística. Todos os conceitos partem dos critérios de noticiabilidade que estamos discutindo ao longo do curso. Para uma notícia ser chamada assim, é preciso que algo não muito comum esteja acontecendo. Um bom exemplo é o caso do primeiro operário atingido por um vergalhão, há um mês mais ou menos. Quando a notícia chega, e sabemos que ele não teve sequelas, e que chegou falando e consciente ao hospital, isso choca, impressiona, por isso vira notícia. Notícia é tudo que de anormal acontece. Um pingúim vir parar numa praia em Ipanema também foge da normalidade, temos que dar isso nor Jornal. Seguindo um exemplo do nosso professor desta eletiva, se um cachorro morde uma pessoa, frequentemente isso acontece, mas se o inverso ocorre, ai temos uma tremenda notícia.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Investigando os jovens brasileiros

Nesta última semana de aula de Jornalismo Investigativo tivemos a palestra do jornalista do O Estado de São Paulo, Vinicius Neder, que apresentou o trabalho acerca de matérias factuais e especiais na cobertura sobre crianças e adolescentes. este trabalho fez a gente que já está no mercado de trabalho, e trabalha na editoria de cidade como que nós lidamos com questões relacionadas aos jovens e adolescentes. Nenhum policial pode divulgar para a imprensa os nomes dos menores dependendo do caso, algumas nomenclaturas relacionadas ao local para o qual eles são levados também mudou nos últimos anos. E quando algum jovem cometeu um crime não podemos falar que ele foi preso, temos que falar que ele é apreendido ou detido. Com isso, levamos a crer que a ideia, e a missão da sociedade é preservar a identidade de quem em tese teve seu futuro comprometido por não ter acesso à educação, moradia, ensinos que nós jovens da classe média tivemos. Concluo pelas duas aulas desta semana, do texto lido e do que presencio na rotina da redação da Band, onde estagio, que a maior dificuldade de um jornalista é escrever, falar ou reportar sobre um jovem brasileiro que foge das normas gerais da sociedade.

sábado, 8 de setembro de 2012

Currículo de Jornalismo e Comunicação

Uma discussão que tivemos nas aulas de Jornalismo Investigativo é acerca dos currículos, que colocam mais disciplinas teóricas do que práticas. Não tem uma sequer para ensinar português. De acordo com um texto lindo na aula de Leonel Aguiar, um congresso entre  jornalistas de toda a América, uma discussão fomentou a criação do curso de Comunicação Social, abrangindo outras habilitações, inclusive as de jornalismo. Para atender todas estas necessidades, as matérias tiveram que se adequar a esta realidade, e portanto, diminuiu-se o número de cargas horárias dedicadas apenas ao Jornalismo. Por isso que disciplinas como: português, história geral do mundo e do país, ética, teorias, e história do jornalismo, foram deixadas para trás. É por esta deficiência que muitos formandos chegam numa redação de rádio, jornal ou tv sem saber escrever corretamente. A técnica de escrita se aprende na faculdade, mas não a grafia correta de algumas palavras. Na PUC-RIo, por exemplo, o português não é ensinado com foco em grafia, acentuação. A conclusão é que os atuais currículos de Jornalismo no Rio, e no Brasil, acabam formando profissionais deficitários.

sábado, 1 de setembro de 2012

Futebol investigativo

Uma das grandes matérias investigativas da atualidade tinha como foco o desaparecimento de Elisa Samúdio, a noiva do ex-goleiro do Flamengo, Bruno. No dia 11 de Julho de 2010, Sônia Bridi, uma repórter consagrada, e experiente, fez uma reportagem para a reconstituição do crime que chocou o Brasil. Este tipo de matéria ilustra bem como é difícil em alguns casos conseguir provas, documentos para apontar culpados ou inocentes de um crime. A palavra do acusado neste caso não vale nada. Não havia corpo da mulher, como então provar ou tentar comprovar que houve assassinato? Neste caso quem deveríamos ouvir além da polícia, Bruno, por exemplo. Todas as pessoas que viram Elisa pela última vez, amigos do Bruno, da própria mulher que supostamente sofreu um homicídio. O Fantástico mostrou como tudo teria acontecido, foi ao local onde eles estavam antes do crime e finalizaram no sítio, onde ele teoricamente foi morta. Você pode analisar e ver a matéria abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=H6Lnyc25GDg

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O fim da Liberdade

Liberdade de imprensa, defesa da democracia, é para isso que fazemos jornalismo investigativo. Muitas vezes devemos conhecer a história da imprensa, e política do país em que você vive e cresceu.  Nós jornalistas surgimos para mudar s sociedade, pelo menos é o que muitos profissionais pensam sobre a profissão. Recentemente a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) está junto à Associação de Jornalistas de América do Sul como uma forma de protestar contra o fechamento do diário de jornais uruguaio, Unotícias. Jornalistas da Associação Periodistas do Uruguai, que tomaram a decisão de fechamento do jornal, resistem a ocupação e com protestos. Muito desta decisão se deve a um pedido do governo uruguaio, que é contra críticas a sua maneira de governar. Este é um mal de vários de países. Se por um lado vivemos para defender a democracia, outros lutam contra ela. Foi assim em Cuba, Venezuela, China, Argentina, por exemplo. Os governos têm que saber lidar com críticas e reivindicações a sua política, e mudar o que está errado, e não impedir seus críticos de trabalhar.

sábado, 25 de agosto de 2012

A função do Jornalismo Investigativo

Jornalismo investigativo é uma das mais importantes categorias do jornalismo. Pode parecer redundante, mas nesta modalidade jornalística, a matéria-prima é a investigação, o verbo a ser conjugado é Investigar. Seja checando documentos, fazendo escutas telefónicas, não iguais as feitas pelo The Sun, na Inglaterra. Pouca gente sabe, mas nós jornalistas fazemos jornalismo investigativo para prestar um serviço para a sociedade. A função é social. Se alguma coisa está errada em algum setor público ou privado, temos que denunciar. Mas é importante sempre ouvir os dois lados, como qualquer manual que se apresente nos ensina. Muitas vezes uma denúncia faz mudar para melhor algum serviço, ou então provoca demissões em algum cargo. Na hora de criticar e fazer uma denúncia devemos tomar cuidado com o modo que fazemos, alguns jornalistas, e países sabem fazer isso muito bem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Teorias do Jornalismo

Uma discussão muito frequente entre profissionais e estudantes é acerca da necessidade ou não de diploma para exercer a faculdade de jornalismo. Muitos defendem que para qualquer pessoa que nunca tenha estudado jornalismo, pode em um curto espaço de tempo aprender as técnicas da profissão. Por um lado eles estão certos, os cursos são mais voltados para a prática do que para a teoria, e muitas vezes para se entender uma profissão temos que saber muita teoria. Qualquer estudante de jornalismo precisa saber um pouco de prática, mas a teoria tem que prevalecer sem esquecermos dos exercícios. Alguns apontam que a prática aprendemos no dia-a-dia da redação, no nosso primeiro estágio ou emprego. A verdade é que por normas dos nossos governantes o currículo escolar segue um padrão, o que impossibilita os diretor e coordenadores do curso mudarem o estilo do ensino. Em outros lugares o problema é que a teoria é maior que a prática, se tornando outro problema. Não pode ser nem oito nem oitenta, tem de haver um equilíbrio entre teoria e prática. Tenho certeza que está discussão ainda vai continuar por anos.